segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Horizontal


Permaneço deitado. Imóvel. Apenas o barulho dos carro, das pessoas correndo nas ruas e a chuva que cai, bate na janela perpassam meus pensamentos. Na verdade, os sons vindos de fora é os quais ainda fazem parte de mim. Não sou eu, sou apenas resposta ao meio, um feedback das horas, do vento que me leva pra lá, e pra cá, aqui e acolá. Por alguns instantes sou tomado de repentinos momentos de graça, apenas sensações voláteis. Me falta certezas, sendo nada ser certo ou errado. Busco em um outro a mim, pensando em achar em mim um outro. Agora não tenho nada. Só me resta admirar a paisagem do horizonte que há dentro de mim.

2 comentários:

Thiago Coimbra disse...

Mon Dieu... faça uma caipirinha e tudo passa

Rodrigo Santos disse...

Bem vindo à pós-modernidade, meu amigo... o tempo escorre por nossas mãos como se fosse água, as coisas se esvaziam de sentido e a realidade por vezes parece não ter lógica. Só nos resta tentar achar a salvação dentro de nós mesmos, pois só assim podemos pensar em dar um passo à frente. Tio Jung já dizia: "Sou eu mesmo uma pergunta e tenho de dar-me uma resposta. Caso contrário, ficarei reduzido à resposta que o mundo me der". Não que sejam essas as palavras certas, mas a ideia não muda! Abgação!!!