quarta-feira, 13 de março de 2013

Fracassado: Uma catarse de um sonâmbulo.

Gostaria de escrever periodicamente, mas fracassei. Fracasso em quase tudo o que tento fazer.
Escrever não vou nem considerar que seja um fracasso pois sei que nunca foi o meu forte, não sou bom nesse assunto. Em outras vezes já mencionei isso, eu acho. Bem, nem minhas publicações em redes sociais não são extensas, tão pouco são profundas com reflexões filosóficas complexas. As melhores citações já feitas são plágios, cópias mal formuladas de pensamentos do quais compartilho porém sem embasamento real e forte dos comentários que faço, me exponho a ser uma fraude se me entrevistarem mais detalhadamente sobre determinado assunto. Acho que é isso nunca mergulho totalmente em nada.
Admiro pessoas que viajaram ou moraram, mesmo por um tempo curto, em um outro país, aprenderam outras com outras culturas. Gostaria de ter viajado mais, ter me aventurado mais mas sou acomodado. Ao primeiro conhecimento, na miníma noção sobre algo já me dou por satisfeito. Gosto de saber sobre outros povos, outras formas de se viver mas nem me indigno a aprender um outro idioma, nem ao menos nunca me esforcei. É trabalhoso aprender e eu sou preguiçoso. Fracassei!
Entrei para uma faculdade, fiz um curso superior, no qual enrolo há um ano e meio para fazer o Trabalho de Conclusão de Curso, ou monografia. Não era nem o curso que eu queria fazer. Faltando três semestre para o fim eu realmente aceitei que não era aquilo no queria trabalhar. Foi bom, aprendi muito, fiz várias e boa amizades, me tornei um pseudo-intelectual com alguma experiência. Mas mais uma vez fracassei.
Tenho um trabalho, sou servidor público em regime estatutário, passei no concurso. Demorei para três anos para ser convocado a preencher a vaga, isso já demonstra que minha classificação não foi lá essas coisas. Mas e daí, né? Estou empregado, exerço minha função social e contribuo para o bem estar da população. Só que eu odeio o que faço. Vai de encontro a tudo do qual eu acreditava, não é nem de perto o que eu planejava como meta profissional. Faço muita força física e tenho raras oportunidades de desenvolver um raciocínio lógico e coerente antes de ser interrompido por uma banalidade. O que as vezes é comodo, não me esforço, recuo e volto a fazer o que fazia antes. Tornei a fracassar.
Já caminho para os trinta anos de idade, três décadas de existência e até hoje não consigo manter relacionamentos duradouros de longos períodos. Acho que todos os meus colegas de mais longa data não consigo manter um contato digno para que vale o título de amizade, a maior parte as vicissitudes da vida nos afastaram e tantos outros não trato como deveriam, creio eu. Com relação a relacionamentos amorosos o caso é ainda mais complicado, parece que afastei todas as garotas/mulheres das quais poderiam ter dado algum futuro. Das que demonstravam estar afim de tentar um empreitada comigo fiz questão de não levar adiante, ou porque achava não gostar o suficiente ou por acreditar não dar certo mesmo. As outras, as que gostei e sonhei em ter algo mais sério, apresentar à família e todas aquelas formalidades, essas aí é que me dispensavam. Acho que tenho uma queda por amores platônicos, sentimentos não correspondidos, gosto do impossível. Porém essas coisas mais uma vez são fadadas ao fracasso.
Por isso fracassei em tudo. Talvez, em quase tudo, mas não me lembro de nada bom, relevante do qual eu tenha acertado.

Um comentário:

Giana!! disse...

Você fracassou?
Para mim me parece que ainda não achou algo que gosta realmente.
Não senti desejo em nenhuma dessas coisas.
Ninguém motiva-se por uma coisa mais ou menos.
Espero que você ache uma coisa "mais e mais".
Que te faça pular cedinho da cama. Tudo bem que pode ser sem um sorriso no rosto, mas que seja o guindaste a te tirar da comodidade.